sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A Esperança que a Alma Traz

Há momentos em que a alma pede espaço. Não se trata de virar um ET caminhando pela Terra. É apenas a necessidade de expressar algo que transcenda o cotidiano, os afazeres repetitivos, que nos permita estar inteiros na nossa vida. Algo que espiritualize a matéria, ofereça significado e sentido a nossas ações e represente com maior clareza tudo o que somos.
Os padrões normais de identidade estão relacionados apenas à experiência do ego. Sabemos o nosso nome, idade, profissão, endereço, classe social a que pertencemos, papéis que representamos, religião. Dificilmente isso basta. Nesse amontoado de representações da realidade que somos fica faltando a dimensão que nos sintetiza e nos torna um e único.
Quando damos passagem à alma, ela se materializa e vemos o lado nosso que não fazemos contato no  dia a dia. Esse lado é que nos traz a certeza de quem somos e porque estamos aqui, agora. A alma alinha todas as nossas dimensões que andam dispersas, soltas, sem conexão.
O meu passado, o meu presente e o meu futuro se tornam a realidade que sou agora, não o amanhã que planejo, não a experiência que vivi ontem.
A alma é poesia, encantamento, deleite.  Sem sua presença a vida é insípida e sem esperança. A alma é a conexão possível na vida material com amor que nosso Espírito herdou de Deus.
Façamos alma a cada segundo dos nossos dias. Criemos o espaço por onde ela possa chegar, tomar assento ao nosso lado e respirar conosco as inusitadas  possibilidades que a experiência de estarmos vivo nos oferece.

3 comentários:

  1. Que bom, Marcinha! Eu estava mesmo sentindo falta de vc nesse imenso espaço virtual. Entre no Facebook também, p/q facilita tanto o entrosamento com as pessoas quanto a divulgação das postagens no blog.
    Amei o texto, tava com saudade das suas tiradas. Eu diria que este, sim, é um blog com alma. Atualize sempre. Beijos

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  2. Oi Márcia, é muito interessante o que você cita. Uma dualidade que envolve dois princípios. Entendo que o processo de experiências que nos leva a consciência de si mesmo, seja uma experiência singular do Espírito. Ou o espírito espiritualiza a matéria ou a matéria representa mais uma das diversas formas que nós, os espíritos, promovemos como meio de nos expressar na condição de realidades específicas, nas variadas dimensões do Universo rumo à espiritualização. Deve a matéria representar diferentes meios de exercício para emergirmos da inconsciência.
    Então, quando você fala em (...) “algo que espiritualize a matéria para melhor representar o que somos,” fico preso nestas questões. Será que é possível espiritualizar a matéria de forma que represente tudo que somos? Ou a matéria é uma forma temporal de manifestação do espírito no exercício de sua espiritualização? É de fundamental importância pensar nisso. André Luiz, no livro mecanismos da mediunidade avisa o quanto é, ainda, totalmente desconhecido ao mundo cientifico as Leis do campo mental. Provavelmente, seja o motivo pelo qual você reclama das dimensões, “(...) dispersas, soltas, sem conexão”, realidades que o cérebro não consegue codificar, apesar de ser uma máquina que traduz o intelecto espiritual, pois são níveis da consciência que depende de recursos que o cérebro não possui para absorver e discernir.
    Você expressa à consciência de que essas dimensões existem, mas não pode transferir para uma experiência experimental, a máquina corporal não tem recursos para tal. A amplitude da realidade do espírito que somos só pode ser vivenciada quando cindido, liberto do corpo, o que não impede como espírito encarnado possuir uma consciência que transcenda a experiência material. Observe que sempre ao nos referir, a nós como espíritos, tratamos na segunda pessoa, por exemplo: “quando nós damos passagem à alma” e, ou “(...) o nosso espírito herdou de deus”, como se o corpo encerrasse uma realidade em si, independente do espírito, permitindo ou não a sua manifestação. Comecei a observar quando Hermínio Miranda sugeriu perceber o nível de consciência espiritual através de nossa linguagem.
    É nesse contexto que conscientemente você reclama dos padrões de identidade condicionados apenas aos aspectos do corpo, nome, idade, classe social, gênero e outros. Os espíritos no estágio humano tem que aperfeiçoar sua máquina corporal de manifestação para as próprias reencarnações e a mediunidade é a faculdade biológica que possibilita acelerar esse processo.
    Abraço
    Istefenson

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  3. Oi Marcia,
    Amei este texto, vc conseguiu dizer o que a alma gostaria de falar! Beijos

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